Para alguém que vive jurando amor eterno à rotina, confesso: meu desejo por mudanças frequentes é, no mínimo, questionável. E foi assim que, depois de seis anos morando no mesmo lugar no subúrbio norte de Toronto, me vi empacotando tudo em menos de 20 dias para um novo começo.
Deixa eu contextualizar. Meu antigo lar era um apartamento de 1 quarto pequeno (ou, como prefiro dizer, aconchegante), mas tinha um layout maravilhoso e uma iluminação natural de fazer o Instagram chorar. O problema? Bastava sair do prédio para a mágica acabar. Era longe do centro e o transporte público… ah, minha amiga, parecia o mesmo de uma década atrás, enquanto a população da região duplicava. E, para deixar tudo mais emocionante, começaram a surgir uns problemas com gangues por ali. Não era nada ao estilo do Rio de Janeiro, mas o suficiente para me fazer pensar: “Chega, né?”
Foi aí que a mudança aconteceu. Em menos de três semanas, já tinha encontrado um apartamento maior, com dois quartos, varanda ampla e uma vista linda para o lago Ontário. Ah, e o bairro? Bem no centro! O condomínio é um sonho com piscina, academia, cinema, sauna, biblioteca, business centre, parque para cachorros…
Agora, deixa eu contar: foi a minha primeira mudança no Canadá e, apesar de ter saído tudo bem no final, foi um verdadeiro show de perrengues. Teve choro, momentos de estresse nível hard, e muito aprendizado. Porque mudança, minha amiga, é isso: revirar caixas e, ao mesmo tempo, revirar a vida.
Mas quer saber? A adaptação está sendo incrível. A segurança, o conforto, e o simples fato de estar no centro da cidade me deram uma qualidade de vida que nem sabia que precisava. Agora posso me envolver em tudo o que acontece por aqui com muito mais facilidade.
Moral da história: mudar é desafiador, mas é libertador. E quem disse que rotina e mudança não podem andar de mãos dadas? Afinal, toda rotina precisa de uma reforminha de vez em quando. 😉